ENTREVISTA: ERIC HOBSBAWM


A crise do capitalismo e a importância atual de Marx
Disponível em:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15253

Em entrevista a Marcello Musto, o historiador Eric Hobsbawm analisa a atualidade da obra de Marx e o renovado interesse que vem despertando nos últimos anos, mais ainda agora após a nova crise de Wall Street. E fala sobre a necessidade de voltar a ler o pensador alemão: “Marx não regressará como uma inspiração política para a esquerda até que se compreenda que seus escritos não devem ser tratados como programas políticos, mas sim como um caminho para entender a natureza do desenvolvimento capitalista”.

Em entrevista a Marcello Musto, o historiador Eric Hobsbawm analisa a atualidade da obra de Marx e o renovado interesse que vem despertando nos últimos anos, mais ainda agora após a nova crise de Wall Street. E fala sobre a necessidade de voltar a ler o pensador alemão: “Marx não regressará como uma inspiração política para a esquerda até que se compreenda que seus escritos não devem ser tratados como programas políticos, mas sim como um caminho para entender a natureza do desenvolvimento capitalista”.

Eric Hobsbawm é considerado um dos maiores historiadores vivos. É presidente do Birbeck College (London University) e professor emérito da New School for Social Research (Nova Iorque). Entre suas muitas obras, encontra-se a trilogia acerca do “longo século XIX”: “A Era da Revolução: Europa 1789-1848” (1962); “A Era do Capital: 1848-1874” (1975); “A Era do Império: 1875-1914 (1987) e o livro “A Era dos Extremos: o breve século XX, 1914-1991 (1994), todos traduzidos em vários idiomas.

Entrevistamos o historiador por ocasião da publicação do livro “Karl Marx’s Grundrisse. Foundations of the Critique of Political Economy 150 Years Later” (Os Manuscritos de Karl Marx. Elementos fundamentais para a Crítica da Economia Política, 150 anos depois).

Nesta conversa, abordamos o renovado interesse que os escritos de Marx vêm despertando nos últimos anos e mais ainda agora após a nova crise de Wall Street. Nosso colaborador Marcello Musto entrevistou Hobsbawm para Sin Permiso.

Marcello Musto: Professor Hobsbawm, duas décadas depois de 1989, quando foi apressadamente relegado ao esquecimento, Karl Marx regressou ao centro das atenções. Livre do papel de intrumentum regni que lhe foi atribuído na União Soviética e das ataduras do “marxismo-leninismo”, não só tem recebido atenção intelectual pela nova publicação de sua obra, como também tem sido objeto de crescente interesse. Em 2003, a revista francesa Nouvel Observateur dedicou um número especial a Marx, com um título provocador: “O pensador do terceiro milênio?”. Um ano depois, na Alemanha, em uma pesquisa organizada pela companhia de televisão ZDF para estabelecer quem eram os alemães mais importantes de todos os tempos, mais de 500 mil espectadores votaram em Karl Marx, que obteve o terceiro lugar na classificação geral e o primeiro na categoria de “relevância atual”.

Em 2005, o semanário alemão Der Spiegel publicou uma matéria especial que tinha como título “Ein Gespenst Kehrt zurük” (A volta de um espectro), enquanto os ouvintes do programa “In Our Time” da rádio 4, da BBC, votavam em Marx como o maior filósofo de todos os tempos. Em uma conversa com Jacques Attali, recentemente publicada, você disse que, paradoxalmente, “são os capitalistas, mais que outros, que estão redescobrindo Marx” e falou também de seu assombro ao ouvir da boca do homem de negócios e político liberal, George Soros, a seguinte frase: “Ando lendo Marx e há muitas coisas interessantes no que ele diz”. Ainda que seja débil e mesmo vago, quais são as razões para esse renascimento de Marx? É possível que sua obra seja considerada como de interesse só de especialistas e intelectuais, para ser apresentada em cursos universitários como um grande clássico do pensamento moderno que não deveria ser esquecido? Ou poderá surgir no futuro uma nova “demanda de Marx”, do ponto de vista político?


Eric Hobsbawm: Há um indiscutível renascimento do interesse público por Marx no mundo capitalista, com exceção, provavelmente, dos novos membros da União Européia, do leste europeu. Este renascimento foi provavelmente acelerado pelo fato de que o 150° aniversário da publicação do Manifesto Comunista coincidiu com uma crise econômica internacional particularmente dramática em um período de uma ultra-rápida globalização do livre-mercado.

Marx previu a natureza da economia mundial no início do século XXI, com base na análise da “sociedade burguesa”, cento e cinqüenta anos antes. Não é surpreendente que os capitalistas inteligentes, especialmente no setor financeiro globalizado, fiquem impressionados com Marx, já que eles são necessariamente mais conscientes que outros sobre a natureza e as instabilidades da economia capitalista na qual eles operam.

A maioria da esquerda intelectual já não sabe o que fazer com Marx. Ela foi desmoralizada pelo colapso do projeto social-democrata na maioria dos estados do Atlântico Norte, nos anos 1980, e pela conversão massiva dos governos nacionais à ideologia do livre mercado, assim como pelo colapso dos sistemas políticos e econômicos que afirmavam ser inspirados por Marx e Lênin. Os assim chamados “novos movimentos sociais”, como o feminismo, tampouco tiveram uma conexão lógica com o anti-capitalismpo (ainda que, individualmente, muitos de seus membros possam estar alinhados com ele) ou questionaram a crença no progresso sem fim do controle humano sobre a natureza que tanto o capitalismo como o socialismo tradicional compartilharam. Ao mesmo tempo, o “proletariado”, dividido e diminuído, deixou de ser crível como agente histórico da transformação social preconizada por Marx.

Devemos levar em conta também que, desde 1968, os mais proeminentes movimentos radicais preferiram a ação direta não necessariamente baseada em muitas leituras e análises teóricas. Claro, isso não significa que Marx tenha deixado de ser considerado como um grande clássico e pensador, ainda que, por razões políticas, especialmente em países como França e Itália, que já tiveram poderosos Partidos Comunistas, tenha havido uma apaixonada ofensiva intelectual contra Marx e as análises marxistas, que provavelmente atingiu seu ápice nos anos oitenta e noventa. Há sinais agora de que a água retomará seu nível.

Marcello Musto: Ao longo de sua vida, Marx foi um agudo e incansável investigador, que percebeu e analisou melhor do que ninguém em seu tempo o desenvolvimento do capitalismo em escala mundial. Ele entendeu que o nascimento de uma economia internacional globalizada era inerente ao modo capitalista de produção e previu que este processo geraria não somente o crescimento e prosperidade alardeados por políticos e teóricos liberais, mas também violentos conflitos, crises econômicas e injustiça social generalizada. Na última década, vimos a crise financeira do leste asiático, que começou no verão de 1997; a crise econômica Argentina de 1999-2002 e, sobretudo, a crise dos empréstimos hipotecários que começou nos Estados Unidos em 2006 e agora tornou-se a maior crise financeira do pós-guerra. É correto dizer, então, que o retorno do interesse pela obra de Marx está baseado na crise da sociedade capitalista e na capacidade dele ajudar a explicar as profundas contradições do mundo atual?

Eric Hobsbawm: Se a política da esquerda no futuro será inspirada uma vez mais nas análises de Marx, como ocorreu com os velhos movimentos socialistas e comunistas, isso dependerá do que vai acontecer no mundo capitalista. Isso se aplica não somente a Marx, mas à esquerda considerada como um projeto e uma ideologia política coerente. Posto que, como você diz corretamente, a recuperação do interesse por Marx está consideravelmente – eu diria, principalmente – baseado na atual crise da sociedade capitalista, a perspectiva é mais promissora do que foi nos anos noventa. A atual crise financeira mundial, que pode transformar-se em uma grande depressão econômica nos EUA, dramatiza o fracasso da teologia do livre mercado global descontrolado e obriga, inclusive o governo norte-americano, a escolher ações públicas esquecidas desde os anos trinta.

As pressões políticas já estão debilitando o compromisso dos governos neoliberais em torno de uma globalização descontrolada, ilimitada e desregulada. Em alguns casos, como a China, as vastas desigualdades e injustiças causadas por uma transição geral a uma economia de livre mercado, já coloca problemas importantes para a estabilidade social e mesmo dúvidas nos altos escalões de governo. É claro que qualquer “retorno a Marx” será essencialmente um retorno à análise de Marx sobre o capitalismo e seu lugar na evolução histórica da humanidade – incluindo, sobretudo, suas análises sobre a instabilidade central do desenvolvimento capitalista que procede por meio de crises econômicas auto-geradas com dimensões políticas e sociais. Nenhum marxista poderia acreditar que, como argumentaram os ideólogos neoliberais em 1989, o capitalismo liberal havia triunfado para sempre, que a história tinha chegado ao fim ou que qualquer sistema de relações humanas possa ser definitivo para todo o sempre.

Marcello Musto: Você não acha que, se as forças políticas e intelectuais da esquerda internacional, que se questionam sobre o que poderia ser o socialismo do século XXI, renunciarem às idéias de Marx, estarão perdendo um guia fundamental para o exame e a transformação da realidade atual?

Eric Hobsbawm: Nenhum socialista pode renunciar às idéias de Marx, na medida que sua crença em que o capitalismo deve ser sucedido por outra forma de sociedade está baseada, não na esperança ou na vontade, mas sim em uma análise séria do desenvolvimento histórico, particularmente da era capitalista. Sua previsão de que o capitalismo seria substituído por um sistema administrado ou planejado socialmente parece razoável, ainda que certamente ele tenha subestimado os elementos de mercado que sobreviveriam em algum sistema pós-capitalista.

Considerando que Marx, deliberadamente, absteve-se de especular acerca do futuro, não pode ser responsabilizado pelas formas específicas em que as economias “socialistas” foram organizadas sob o chamado “socialismo realmente existente”. Quanto aos objetivos do socialismo, Marx não foi o único pensador que queria uma sociedade sem exploração e alienação, em que os seres humanos pudessem realizar plenamente suas potencialidades, mas foi o que expressou essa idéia com maior força e suas palavras mantêm seu poder de inspiração.

No entanto, Marx não regressará como uma inspiração política para a esquerda até que se compreenda que seus escritos não devem ser tratados como programas políticos, autoritariamente ou de outra maneira, nem como descrições de uma situação real do mundo capitalista de hoje, mas sim como um caminho para entender a natureza do desenvolvimento capitalista. Tampouco podemos ou devemos esquecer que ele não conseguiu realizar uma apresentação bem planejada, coerente e completa de suas idéias, apesar das tentativas de Engels e outros de construir, a partir dos manuscritos de Marx, um volume II e III de “O Capital”. Como mostram os “Grundrisse”, aliás. Inclusive, um Capital completo teria conformado apenas uma parte do próprio plano original de Marx, talvez excessivamente ambicioso.

Por outro lado, Marx não regressará à esquerda até que a tendência atual entre os ativistas radicais de converter o anti-capitalismo em anti-globalização seja abandonada. A globalização existe e, salvo um colapso da sociedade humana, é irreversível. Marx reconheceu isso como um fato e, como um internacionalista, deu as boas vindas, teoricamente. O que ele criticou e o que nós devemos criticar é o tipo de globalização produzida pelo capitalismo.

Marcello Musto: Um dos escritos de Marx que suscitaram o maior interesse entre os novos leitores e comentadores são os “Grundrisse”. Escritos entre 1857 e 1858, os “Grundrisse” são o primeiro rascunho da crítica da economia política de Marx e, portanto, também o trabalho inicial preparatório do Capital, contendo numerosas reflexões sobre temas que Marx não desenvolveu em nenhuma outra parte de sua criação inacabada. Por que, em sua opinião, estes manuscritos da obra de Marx, continuam provocando mais debate que qualquer outro texto, apesar do fato dele tê-los escrito somente para resumir os fundamentos de sua crítica da economia política? Qual é a razão de seu persistente interesse?

Eric Hobsbawm: Desde o meu ponto de vista, os "Grundrisse" provocaram um impacto internacional tão grande na cena marxista intelectual por duas razões relacionadas. Eles permaneceram virtualmente não publicados antes dos anos cinqüenta e, como você diz, contendo uma massa de reflexões sobre assuntos que Marx não desenvolveu em nenhuma outra parte. Não fizeram parte do largamente dogmatizado corpus do marxismo ortodoxo no mundo do socialismo soviético. Mas não podiam simplesmente ser descartados. Puderam, portanto, ser usados por marxistas que queriam criticar ortodoxamente ou ampliar o alcance da análise marxista mediante o apelo a um texto que não podia ser acusado de herético ou anti-marxista. Assim, as edições dos anos setenta e oitenta, antes da queda do Muro de Berlim, seguiram provocando debate, fundamentalmente porque nestes escritos Marx coloca problemas importantes que não foram considerados no “Capital”, como por exemplo as questões assinaladas em meu prefácio ao volume de ensaios que você organizou (Karl Marx's Grundrisse. Foundations of the Critique of Political Economy 150 Years Later, editado por M. Musto, Londres-Nueva York, Routledge, 2008).

Marcello Musto: No prefácio deste livro, escrito por vários especialistas internacionais para comemorar o 150° aniversário de sua composição, você escreveu: “Talvez este seja o momento correto para retornar ao estudo dos “Grundrisse”, menos constrangidos pelas considerações temporais das políticas de esquerda entre a denúncia de Stalin, feita por Nikita Khruschev, e a queda de Mikhail Gorbachev”. Além disso, para destacar o enorme valor deste texto, você diz que os “Grundrisse” “trazem análise e compreensão, por exemplo, da tecnologia, o que leva o tratamento de Marx do capitalismo para além do século XIX, para a era de uma sociedade onde a produção não requer já mão-de-obra massiva, para a era da automatização, do potencial de tempo livre e das transformações do fenômeno da alienação sob tais circunstâncias. Este é o único texto que vai, de alguma maneira, mais além dos próprios indícios do futuro comunista apontados por Marx na “Ideologia Alemã”. Em poucas palavras, esse texto tem sido descrito corretamente como o pensamento de Marx em toda sua riqueza. Assim, qual poderia ser o resultado da releitura dos “Grundrisse” hoje?

Eric Hobsbawm: Não há, provavelmente, mais do que um punhado de editores e tradutores que tenham tido um pleno conhecimento desta grande e notoriamente difícil massa de textos. Mas uma releitura ou leitura deles hoje pode ajudar-nos a repensar Marx: a distinguir o geral na análise do capitalismo de Marx daquilo que foi específico da situação da sociedade burguesa na metade do século XIX. Não podemos prever que conclusões podem surgir desta análise. Provavelmente, somente podemos dizer que certamente não levarão a acordos unânimes.

Marcello Musto: Para terminar, uma pergunta final. Por que é importante ler Marx hoje?

Eric Hobsbawm: Para qualquer interessado nas idéias, seja um estudante universitário ou não, é patentemente claro que Marx é e permanecerá sendo uma das grandes mentes filosóficas, um dos grandes analistas econômicos do século XIX e, em sua máxima expressão, um mestre de uma prosa apaixonada. Também é importante ler Marx porque o mundo no qual vivemos hoje não pode ser entendido sem levar em conta a influência que os escritos deste homem tiveram sobre o século XX. E, finalmente, deveria ser lido porque, como ele mesmo escreveu, o mundo não pode ser transformado de maneira efetiva se não for entendido. Marx permanece sendo um soberbo pensador para a compreensão do mundo e dos problemas que devemos enfrentar.

Tradução para Sin Permiso (inglês-espanhol): Gabriel Vargas Lozano
Tradução para Carta Maior (espanhol-português): Marco Aurélio Weissheimer

Fundação do Diretória Acadêmico de História - UEPG


Ocorreu na noite de 15 de abril a assembléia geral para a provação do estatuto do Diretório Acadêmico, o edital segundo o CA havia sido posto na porta do departamento. Foi escolhido como presidente da mesa o acadêmico Clodoaldo do 1o. Ano, e alem do estatuto, foi eleita a comissão eleitoral, e acordado um referendum sobre a escolha do nome!
Todo o acadêmico tem a partir de hoje a possibilidade de sugerir um nome a comissão, depois desse período haverá a campanha para a escolha dos nomes, depois dessa escolha, a partir do dia 4 até o dia 15 estará aberto o período para a inscrição de chapas, do dia 18 até o dia 28 haverá a campanha, pelo DO propriamente dito, todos podem participar, exceto os formandos, mais mesmo estes poderão votar.
O estatuto já reformado esta a disposição do CA, as duas campanhas estão a cargo da comissão eleitoral, enfim, esta garantida a democracia, e garantias iguais para todos, agora cabe a aqueles que têm um projeto de diretório ou qualquer sugestão a se articular e defender suas idéias num espaço democrático e pluralista...

Datas:

16 á 24/4 período para sugestão de nomes para o Diretório
27 á 29/ a propaganda dos nomes de sala em sala
30/4 data da eleição do nome
4/5 á 15/5 período para inscrição das chapas
18/5 á 28/5 período de campanha
29/5 data da eleição


Comissão Eleitoral

Gheniffer 1º Lic.
Ricardo 1º Lic.
Hevilson 1º Lic.
Bruna 2º Lic.
Thiago 1º Lic.


Postado originalmente por Clodoaldo em: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=1441526&tid=5325011543082883741&start=1

Literatura e História.....

Alô historiadores e simpatizantes de plantão é com muita alegria que volto da comemoração da morte e ressureição do nosso senhor coelhinho da páscoa que a muitos tempos nem um pé na bunda me dá, quem dirá chocolates, mas como não sou muito fã dessas tradições e sim a favor de um bom feriado volto a postar algo pra vceis.......


Uma coisa bem legal é que no nosso curso tem pessoas que escrevem boa literatura e recomendo...um exemplo legal desse trabalho é do Paulinho loko, que faz juz ao nome e tem uma produção bem bacana, seu trabalho pode ser vizualizado no blog pessoal dele, Paulo é formado em História na UEPG, grande amigo e quase, quem sabe um dia especialista, os textos dele são muito bons(não é porque sou amigo dele, o cara é fodão mermo...)...
http://seuvicio.blogspot.com/


outra amiguinha que andei fuçando e tem umas coisinhas bem chuk chuk de legais é a Jéssica do 2º ano noturno, não acompanho-a-a de longa data, pois descobri pouco tempo seu blog pessoal, mas parece-me bem interessante, vale a pena conferir....

confiram: http://jessiquitaleme.blogspot.com/



outro mais intelectualizado e rebuscado, mas underground é o nosso querido professor Cerri que não é lidador da literatura, mas faz discussões interessantes em seu blog pessoal, não percam, tem coisas muito legais lá também,
confiram: http://lfcronos.blogspot.com/


a internet é isso ae moçada, a gente paga uma $$$$$ por mês, mas se garimpar bem o custo benefício é violento, pq temos acesso à coisas incríveis e fabulosas, que até um tempo atrás era guardado em cadernos sujos(paulinho), ou cheios de clip dos diários que volte e meia empoeiravam os quartos "sujos" ou não de quem os possuíam, hoje estão ae para ser compartilhado com o mundo.....

PATO X BELTRÃO - Recortes do conflito regional, um olhar antropológico no futsal paranaense.

PATO BRANCO - 09/04/09 - 08:04

Olá Camaradas princesinos...
Depois de meses, volto a postar em correspondência de Pato Branco (daí?!) me dirijo aos estudantes de história pontagrossenses.

Aos historiadores ''moderninhos'', vaí aí uma pitada de realidade social relatada a partir de uma de folga na cidade natal, que não me permitiu o ócio nem num ginásio de futsal. No percalço de escrever a monografia, tirei um meio tempo (time off) para assistir o maior clássico do futsal paranaense. Foi ontém que se enfrentaram dois espectros do futsal sudoestino: PATO BRANCO x FRANCISCO BELTRÃO (O texto não possui uma análise técnica do jogo, mas é um relato da memória social por parte do historiador que procura discutir a identidade regional a partir das rivalidades criadas entre duas cidades do interior do Paraná.)


O espetáculo das massas armado no ginásio LAVARDÃO, antigo PATÃO, era marcado de início pela torcida organizada local: a CAMISA 6, denotada de emblemas que denotavam a símbolos locais - como o ''pato'' - e outros que identificavam-na com torcidas da capital como OS FANÁTICOS (ATLÉTICO) e a IMPÉRIO ALVIVERDE (CORITIBA). Uma manobra marcada por imagens da circularidade cultural no estado, colocava a fauna local frente a frente, a chamada ''marrecada'' beltronense saia em desvantagem por seu time jogar fora de casa.

Ao som de foguetes e rojões, os coros e palavras de ordem, que radialistas locais no dia seguinte identificavam como
''de baixo calão e impublicáveis'', muito me rememoravam ao discurso das torcidas organizadas curitibanas em finais de semana. O incremento do espetáculo era denotado não só por uma rivalidade futebolística, mas também a disputas que para o intelectual podem parecer sem sentido mas que são alimentadas por discursos como ''BELTRÃO NÃO TEM VIADUTO'' ou ''PATO BRANCO TEM MENOR POPULAÇÃO''.

Essa rincha antiga se precede pelo fato de as duas cidades serem as maiores da região, sendo que a disputa se ocasiona em descobrir qual das duas cidades é a CAPITAL DO SUDOESTE PARANAENSE. O espetáculo excede então as quatro linhas da quadra e insere também a identidade local num conjunto de debates iniciados desde a conhecida Revolta dos Posseiros de 1957 ou pela questão do Estado do Iguaçu.

As classes sociais se igualavam no olhar ao público, trabalhadoras e trabalhadores, donas de casa, meninos de rua, skatistas, boleiros, crianças, empresários e até o prefeito municipal eram assíduos ao primeiro toque da bola.

O amendoim era aperitivo e a cerveja era popularizada nas arquibancadas do ginásio. Já de início, a rivalidade é transferida a uma arena de 20 x 40. A habilidade dos jogadores em alguns momentos era incentivada por disputas anteriores econômicas e políticas e parecia que em alguns momentos para alguns jogadores o toques de bola eram o ingrediente para provar se PATO BRANCO OU FRANCISCO BELTRÃO era capital do sudoeste paranaense.

Como não possuo linguagem técnica referida ao futebol, preferi não me prender ao jogo, por ser mero coadjuvante ou observador do cotidiano. Mas ao ambiente de relações sociais que se tramava naquele momento, as relações de poder também se colocavam a prova, os atores sociais se desmascaram e o policiamento do ginásio ficava atento ao encontro das duas torcidas locais. Ééééé, além da camisa 6, a Fúria Beltronense, conhecida por ''marrecada'', se fazia presente no ginásio.

Em número desfavorecido era acanhada de início em expor sua bandeira tricolor num dos ambientes do ginásio que se cobria do manto rubro-negro da torcida da casa. Mas a torcida havia de aparecer, já que o grito que ecoava antes e durante o jogo: ''CADÊ FURIAAAA, CADÊ FURIAAAA'', na verdade,parecia uma convocatória a rivalidade local.

Dois lances do enredo marcam os sentidos dados ao quadro daquela noite. Em pênalti para o time da casa, aquela bola só podia ter entrado, mas não entrou, o que provocou o impacto aos olhares da população patobranquense e a colocou mais surpresa a um lance porterior.

Num bate-rebate, o ginásio incrédulo assistia o respingar da bola para dentro da linha do gol e o emblema do placar foi urgido pela comemoração provocativa do Camisa 4 beltronense. Isso ainda meio ao primeiro tempo que aguardava mais emoções ao espetáculo do salão.

O juiz sempre era identificado a personagens alusivos, ou era ''ladrão'', ou sua mãe era uma figura promíscua, poligâmica e sem pudor. Isso na representação do discurso da torcida, em gritos que partiam de ambas as torcidas.

A carnavalização e o semblante dessas representações era comprometida aos fatos sociais que eles mesmos criavam, já que num momento de desfavorecimento emocional por tomar um gol a torcida pode sim identificar o árbtiro e sua mãe como quiser, já que a única forma de entrar no jogo é no grito. Uma parte dos ocupantes da arquibancada são o ginásio tentando exibir a democracia do xingamento.

O empate logo vinha com uma bola cravada no fundo das redes. A festa estava armada e o Pato parecia merecer o jogo que até o fim foi marcado por lances de quase gol. Nesse momento se assume Maranhão, com sua habilidade ele é idenficado como ''Liso de bola''.

Entretanto, foi num lance de conflito que a casualidade da bicicleta de um Marreco que este acerta incoscientemento a cabeça do goleiro patobranquense, esse último teve de ser retirado de campo por maca, sendo substituído pelo goleiro reserva que mal sabia de seu destino...

Em dois lances sem finalização nos últimos 30 segundos de jogo marcaram a posse de bola do goleiro beltronense Héder - um fantasma que abandonou o Pato Futsal anos antes, afim de procurar melhores oportunidades no futsal foi para o Beltrão Futsal. Seu olhar atento pareceu fulgaz, o goleiro adversário estava adiantado e um balão para o outro lado da quadra foi definitivo para selar um clássico com a vitória do time visitante.

É, e a bola ainda quicou antes de entrar num barulho que se aparentava ensurdessedor e que zombe até agora na torcida local e nas costas do goleiro patobranquense que acabava de entrar. Evento histórico mas que para muitos ali deveria ser apagado, a torcida calada sai do ginásio, só se ouvia alguns resmungos, enquanto que uma meia dúzia de beltronenses da Fúria tiveram de sair de fininho, no mínimo, ressabiados com o que poderia acontercer - e sem poder comemorar.

Pra mim, o resultado pouco importa, clásisco é clássico, jogo é jogo, etc, etc, etc, e nada explica a casualidade da História, nem de um jogo de futebol... O que me importou analisar foi a rivalidade criada a partir da identidade regional.

Entretanto, são eventos como esse que produzem coisas mais interessantes e que não podem reduzir a identidade da cidade a grandes nomes de bons jogadores que nasceram e jogaram aqui, como é o caso de figuras como Rogério Ceni e Alexandre Pato.

Se essa a cultura é moldada por enredos como um jogo de futebol que até coloca em campo disputas políticas entre duas cidades por referência na região, então Bakhtin e Foucault perderam o espetáculo de ontém. Espiando as relações até pela antropologia social, cabe aos historiadores continuar essa tradição...

Roberto Pocai é historiador, formando pelo curso de História - Bacharelado da UEPG. Já foi Coordenador Geral do CAHIS e hoje é mero espectador das relações sociais.

Utilidade Pública!!!!!!!

ae galerinha, vim hoje aqui porque fuçando nesse mundo virtual a gente acaba achando coisas impressionantes, e claro venho sempre compartilhar com todos. A você que trabalha com educação não perca isso aqui, um monte de documentários e tele-aulas do telecurso que da para aproveitar de monte para uso em salas de aula.......



http://www-job-video-br.blogspot.com/


abração moçada e até mais ver.....___________\o,________

Filme

Ae moçada historiográfica e principalmente professores, aqui um filme muito bom para trabalhar em salas de aula e também de cunho histórico muito legal, sobre a Revolução Francesa.....



http://torrent-upforeverturbo.blogspot.com/2009/03/os-miseraveis-les-miserables-1998.html



créditos ao Torrent up que sempre atende aos meus pedidos lá.....abraços....

O que fazer na noite princesina?

Oi amigos historiadores, não sei se todos perceberam , mas a cada dia que passa fica mais complicado sair na noite princesina. Com os colegas de curso sempre comentamos e relembrando os bons velhos tempos quando o PUB (antigo demons tatoo bar) tinha bandas todo final de semana, O antigo CocoLoco, Invisibilion (escuro p carai), e pq não o Mescalito (muito bom por sinal), onde era ponto de encontro da moçada que gostava de um bom drink regado a muita boa conversa com a galera mais "alternativa" da cidade, outros cursos e também historiadores e alunos ligados ao movimento estudantil. Ultimamente surgiu um local onde parecia estar buscando essa aura alternativa na noite pontagrossense, o Bar Lá em Casa, que misteriosamente fechou suas portas na última semana.
Então eu pergunto o q nos restou? Tudo bem que tem o Mad bar e rola uns tubão(bebida originalmente feita de mistura de refrigerante com algo alcoólico tipo:pinga, vodka, etc...) e muita conversa boa no ambiente, mas aquela socialização regada a uma boa, ou nem tão boa música nas sextas feiras e sábados está se perdendo, enquanto uma gama variada de bandas apenas tocam em seus ensaios e não mostram seus trabalhos ao público local.
Uma das coisas que percebo que o estilo alternativo, rock e coisas afins estão sendo aos poucos elitizados pelos espaços da burguesia, exemplo são os festivais de rock que constantemente acontecem no Empório, o Cine Rock e atualmente nessa onda o Gambrinus e Baviera vem mantendo bandas de rock em suas noites. Seriam o modo alternativo e underground sendo engolido pelas táticas mercantilistas do capitalismos selvagem e opressor!!! Acredito que não, apenas as boas músicas estão gradativamente mudando os estilos da moda na cidade princesina, AS Patys e os Playboys estão se ligando agora numa onde de rock'nroll das boas bandas como Streids, Cadilac's Dinossauros, a boa música do Mandau e outras tantas bandas boas que estão por ae......Não me admira que daqui pouco tempo esses grupos estejam tocando no Tradição ou na Goa ou Consulado, tudo regado há um bom drink loco de caro!!!!!

NOTA DE REPÚDIO

Ontem à noite fui fazer a minha carteirinha nova da UEPG, entretanto percebi que quase por meio de coação o Banco Real estava inssistindo aos acadêmicos que abrissem conta universitária na instituição bancária privada. Muito me admira que a modernidade, pois a carteirinha está agora bem mais funcional e interessante, entretanto vemos empresas privadas tirando o proveito em cima dos acadêmicos, sei que ninguém deveria ser obrigado a abrir a conta lá, mas a obrigação de ter de falar com atendentes do banco a fim de obtenção de conta é algo inaceitável e quero compartilhar com os acadêmicos do curso. Não seria de nós tirarmos uma carta a reitoria sobre essa situação? será que a Universidade Pública deve se sujeitar a isso? Quanto a Universidade ganha com tal atitude, são coisas assim que ajudam a denegrir o caráter social da Universidade na comunidade.......


Abraços e até mais ver!!!, espero comentários............

Músicas na Internet

olá amigos, para quem é amigo de um bom rok'nroll esse blog aqui tem uma variedade tremenda dentro do estilo: http://www.lagrimapsicodelica.blogspot.com/

Também um bom local para procurar músicas para baixar é no orkut, procurem por comunidades de sons e manda bala, tem uma variedade muito grande, outro grande amigo também para essas coisas é o google coloque o som que tu deseja p procurar e ao lado escreva baixar ou download, exemplo Black Sabath baixar ou download , mas atenção se vc estiver usando o Windows tome cuidado e não baixe de qualquer lugar q não seja de sua confiança, pois os vírus estão por ae.....



qualquer dúvidas entrem em contato nanoross@hotmail.com.....................abraços e até mais ver....

Um link muito bom p Filmes

olá venho aqui para com vceis hj passar um link muito interessante sobre filmes, nesse site tem milhares de filmes, principalmente os cult e aqueles que nós passamos aos nossos alunos são figuras fáceis de encontrar, é o seguinte para entrar nessa comunidade de filmes é preciso convite, portanto eu convidei o robero pocai esses dias, portanto peçam a ele um convite, são 3 por pessoas eu tenho ainda dois podem pedir e assim um passa p outro até todos serem felizes nesse mundo dos filmes grátis..........

http://www.makingoff.org/forum/index.php?


qualquer problema com essas coisas entrem em contato comigo mesmo, abraços e até mais ver.....nanoross@hotmail.com

Novo Logo do CAHIS

Logo do CAHIS em duas tonalidades:

FILMES NA INTERNET

Seguinte moçada uma das coisas mais interessantes de você ter uma internet Banda Larga é que conseguimos hoje um número incontável de coisas que antes só o dinheiro poderia comprar. Com a internet é possível baixar filmes e discos dos mais variados tipos e uma ferramenta muito importante para isso é o programa TORRENT.

Para as pessoas que usam WIndows, recomendo o Utorrent, um programa leve e muito fácil utilização e o melhor totalmente em português. Para baixar esse programa é só ir em alguma página de baixar programas utilitários para seu PC como o Baixaki ou superdownloads, e depois de baixar instalar....
Já para os revolucionários das garras do sistema capitalista como eu e usam o linux tem uma variedade de programas desses p baixar coisas em Torrent, muitos gostam do Vuze, eu já particularmente recomendo por ser totalmente em português o DELUGE BIT TORRENT CLIENT que é muito parecido com o UTorrent e fácil de usar.....

Após isso é só procurar pelos torrents na internet e mandar ver os filmes p sua casa.....Aprecie isso com moderação, baixar filmes para o uso pessoal e didático(no caso os professores) não é crime e portanto tenham ciência sobre isso.

Se alguém precisar de uma ajuda mais apurada entre em contato comigo pelo msn ou orkut blza

abraços e até mais ver........

CAFÉ HISTÓRIA, INSCREVA-SE JÁ!!!!


http://cafehistoria.ning.com/

INSCREVA-SE JÁ!!!!

Novo membro no Blog

olá sou Adriano Rossi e começo agora com vceis do Blog do CAHIS a compartilhar todo tipo de experiências, tipo: dicas, ferramnetas, artigos, coisas boas ou nem tão boas quanto ao ofício do historiador e também na melhor forma de contribuir para a formação e informação dos acadêmicos de nosso curso.
É no cotidiano que as coisas são construídas e com esse canal direto tentarei com um pouco de experiência auxiliá-los na tarefa historiográfica. Pretendo aqui ajudar as pessoas com dicas quentes para melhor desenvolvermos nossa tarefa laborativa.

como já dizíamos antigamente (em uma acalourada discussão onde diversos estudantes de áreas diferenciadas defendiam seu ponto de vista e criticavam o trabalho do historiador): " é.... nós historiadores sempre passamos pelas coisas para dar um parecer, espécie de investigador das coisas,tipo: crimes, guerras, poemas, músicas, brigas, documentos, matérias jornalísticas, futebol, filmes, em fim de um todo, cujo qual a sociedade tiver capacidade de produzir...."

NOTA DE REPÚDIO,

Enquanto historiadores e membros do movimento estudantil,
sempre repudiamos qualquer imagem que imortalize espectros da Ditadura Militar. Essa nota é um esclarecimento de uma perpetuação e uma compactuação com essas ações.

Por isso mesmo, a gestão anterior do Centro Acadêmico de História ''Sejamos Relalitas, desejemos o impossível'' repudia o antigo, polêmico e contraditório logo do CAHIS que representava um personagem de regimes arbitrários e autoritários.
Reconhecer um erro não é o mais fácil, mas é o mais necessário.

Nosso intuito, com isso, é alimentar a discussão já chamada pela NOVA GESTÃO DO CAHIS pela fundação do Diretório Acadêmico que procure encampar os dois cursos, gerando também uma imagem de reconhecimento por parte dos acadêmicos de História. Um logo se fez necessário e foi na ausência de discussão que um erro foi cometido.


Conste-se isso no movimento estudantil e na memória social.

Roberto Pocai.
Gestão CAHIS ''Sejemos Realistas, desejemos o impossível'' (2007/2008).